quarta-feira, 30 de junho de 2010

Morre lentamente...


"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Poema erradamente atribuído a Pablo Neruda, da autoria de Marta Medeiros, jornalista brasileira

3 comentários:

lirio do campo disse...

muito bom mesmo!boa escolha madalena!

José Miguel de Oliveira disse...

este poema circula na net erradamente como sendo de Pablo Neruda. Uma investigação mais aprofundada levar-nos-à a concluirs que se trata de um texto de Marta Medeiros, jornalista brasileira. Também pensei durante muito tempo que era de Neruda, mas a sua fundação desmentiu-o.

mariamadalenarrependida disse...

Obrigada José, pelo teu esclarecimento. O seu a seu dono!