Eras a paixão desenfreada, tumultuosa, alimentada a emoções.
Tinhas a ousadia que a juventude te permitia e querias sempre realizar os idílicos sonhos de amor.
Não permitias que te dissessem o que fazer, como viver, mas seguias conselhos amigos e davas ouvidos a quem já vivia há mais tempo do que tu.
Cruzavas os dias com a incerteza do futuro, mas sabias o que querias e por quem valia a pena lutar.
Amavas um filho-príncipe de amor arrebatado, que te fazia sentir mais viva do que os pássaros do sul.
Versavas os mais díspares poetas e discutias filosofia com quem te quisesse acompanhar.
E eu ficava simplesmente a olhar-te, incrédula perante tamanha determinação, fascinada pela ânsia de aprender que revelavas.
Foste embora e eu fiquei sem uma ligação etérea, difusa e descontínua, mas a que já me tinha habituado.
1 comentário:
adorei,amei,muito obrigada!tu pensas mesmo isso de mim??
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