sexta-feira, 7 de novembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Cristina Branco
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Eu e ela e mais ninguém
Eras a paixão desenfreada, tumultuosa, alimentada a emoções.
Tinhas a ousadia que a juventude te permitia e querias sempre realizar os idílicos sonhos de amor.
Não permitias que te dissessem o que fazer, como viver, mas seguias conselhos amigos e davas ouvidos a quem já vivia há mais tempo do que tu.
Cruzavas os dias com a incerteza do futuro, mas sabias o que querias e por quem valia a pena lutar.
Amavas um filho-príncipe de amor arrebatado, que te fazia sentir mais viva do que os pássaros do sul.
Versavas os mais díspares poetas e discutias filosofia com quem te quisesse acompanhar.
E eu ficava simplesmente a olhar-te, incrédula perante tamanha determinação, fascinada pela ânsia de aprender que revelavas.
Foste embora e eu fiquei sem uma ligação etérea, difusa e descontínua, mas a que já me tinha habituado.
Tinhas a ousadia que a juventude te permitia e querias sempre realizar os idílicos sonhos de amor.
Não permitias que te dissessem o que fazer, como viver, mas seguias conselhos amigos e davas ouvidos a quem já vivia há mais tempo do que tu.
Cruzavas os dias com a incerteza do futuro, mas sabias o que querias e por quem valia a pena lutar.
Amavas um filho-príncipe de amor arrebatado, que te fazia sentir mais viva do que os pássaros do sul.
Versavas os mais díspares poetas e discutias filosofia com quem te quisesse acompanhar.
E eu ficava simplesmente a olhar-te, incrédula perante tamanha determinação, fascinada pela ânsia de aprender que revelavas.
Foste embora e eu fiquei sem uma ligação etérea, difusa e descontínua, mas a que já me tinha habituado.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Consequência
Farinha faz pão
Remendo faz dó
Preguiça faz malandro
Cobiça faz invejoso
Terra faz agricultor
Poeta faz versos
Protagonista faz filme
Sorriso faz comichão
Beijo faz corar
Amigo faz falta
Pedra faz mossa
Sapato faz calo
Amor faz fogo
Paixão faz tempestade
Febre faz delírio
Ausência faz saudade
Consequência faz inevitabilidade
Remendo faz dó
Preguiça faz malandro
Cobiça faz invejoso
Terra faz agricultor
Poeta faz versos
Protagonista faz filme
Sorriso faz comichão
Beijo faz corar
Amigo faz falta
Pedra faz mossa
Sapato faz calo
Amor faz fogo
Paixão faz tempestade
Febre faz delírio
Ausência faz saudade
Consequência faz inevitabilidade
terça-feira, 22 de julho de 2008
Protagonista
Coloca-me no teu mundo, faz-me personagem da tua história,
com direito a camarote, honrarias e mordomias.
Proprietária do teu coração, princesa no teu castelo,
mãe dos teus filhos e filhas, gerente dos teus sentimentos,
presente em todos os momentos!
com direito a camarote, honrarias e mordomias.
Proprietária do teu coração, princesa no teu castelo,
mãe dos teus filhos e filhas, gerente dos teus sentimentos,
presente em todos os momentos!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
Sem efeito
Entrei apressada, perguntei onde era.
Responderam-me secamente "dois andares acima, terceira porta à esquerda".
Subi as escadas, encontrei as portas e contei uma, duas, três - Toc, Toc!
Ah, olá! Seja bem vinda!
Ufa, pensei! Enfim, alguém simpático. Quando nos sentámos para conversar percebi que a simpatia não era demasiada.
Pôs-me ao corrente da situação, explicou-me cada detalhe, cada pormenor, por mais insignificante que pudesse parecer.
Então reconsiderei. Desci as escadas e disse "Eu há pouco perguntei onde era... Só para dizer que ficou sem efeito!"
Responderam-me secamente "dois andares acima, terceira porta à esquerda".
Subi as escadas, encontrei as portas e contei uma, duas, três - Toc, Toc!
Ah, olá! Seja bem vinda!
Ufa, pensei! Enfim, alguém simpático. Quando nos sentámos para conversar percebi que a simpatia não era demasiada.
Pôs-me ao corrente da situação, explicou-me cada detalhe, cada pormenor, por mais insignificante que pudesse parecer.
Então reconsiderei. Desci as escadas e disse "Eu há pouco perguntei onde era... Só para dizer que ficou sem efeito!"
Profeta
Fiz tudo para conhecer
Subi montanhas para perceber
Mantive prisioneira a minha razão
Dei asas soltas à nobre paixão
E agora que encontrei
Não sei se fique ou regresse
A um tempo sem igual
Ao passado boreal
Subi montanhas para perceber
Mantive prisioneira a minha razão
Dei asas soltas à nobre paixão
E agora que encontrei
Não sei se fique ou regresse
A um tempo sem igual
Ao passado boreal
terça-feira, 8 de julho de 2008
Delírio
Quem sonhou hoje de manhã tão baixinho?
Quem trouxe o mar, a brisa e a areia para os pés da cama?
Quem contou nuvens e subiu estrelas para adormecer?
Quem fez da vida uma paleta de sorrisos e pintou a morte em tons pastel?
Foi o poeta, o sofredor, o amante abandonado no leito da sedução?
Delírio febril de passagem, recta junção de dois mundos, nunca antes procurados,
nunca tidos nem achados.
Quem trouxe o mar, a brisa e a areia para os pés da cama?
Quem contou nuvens e subiu estrelas para adormecer?
Quem fez da vida uma paleta de sorrisos e pintou a morte em tons pastel?
Foi o poeta, o sofredor, o amante abandonado no leito da sedução?
Delírio febril de passagem, recta junção de dois mundos, nunca antes procurados,
nunca tidos nem achados.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Tempo
Que bom que era ter o tempo breve
Que bem que soavam as notas de então
Pulsava no corpo a paixão dos homens
Morria de amor quem tinha o condão.
Que bom que era ter o tempo breve
E à mesa sempre a mesma condição
Com os dedos envoltos em finas rosas
Vivia no limbo quem não tinha perdão.
Que bom que era ter o tempo breve
Nada mais doce que a suave tentação
Rumavam a sul as aves libertas
Compunha um ensaio com extrema paixão.
Que bem que soavam as notas de então
Pulsava no corpo a paixão dos homens
Morria de amor quem tinha o condão.
Que bom que era ter o tempo breve
E à mesa sempre a mesma condição
Com os dedos envoltos em finas rosas
Vivia no limbo quem não tinha perdão.
Que bom que era ter o tempo breve
Nada mais doce que a suave tentação
Rumavam a sul as aves libertas
Compunha um ensaio com extrema paixão.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Dentro
Espiei para dentro de uma capela
Não vi que Deus habitava nela
Entrei a passo meio apressado
Não dei por mim, já desvairado
Corri com ânsias para chegar
Ficou o tempo a tiquetar.
Quando saía deixei de olhar
Nada me quis fazer parar
Senti o vento, senti a fonte
Atravessei sem medo a ponte.
Não vi que Deus habitava nela
Entrei a passo meio apressado
Não dei por mim, já desvairado
Corri com ânsias para chegar
Ficou o tempo a tiquetar.
Quando saía deixei de olhar
Nada me quis fazer parar
Senti o vento, senti a fonte
Atravessei sem medo a ponte.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
10 dias depois
Dias depois eu era o nada
e tu gritavas, exasperado.
Dias antes eu tinha tudo,
só não sabia que transbordava.
Dias após estava confusa, enamorada,
talvez por isso angustiada.
Dias sem fim,
meio ou começo.
Todos os dias sou eu assim.
e tu gritavas, exasperado.
Dias antes eu tinha tudo,
só não sabia que transbordava.
Dias após estava confusa, enamorada,
talvez por isso angustiada.
Dias sem fim,
meio ou começo.
Todos os dias sou eu assim.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Love passion
Não sem te ver. Nunca sem ti.
Jamais longe do teu sorriso.
O amor é uma planura, feito de natureza ideal.
A paixão é montanhosa, sinuosa e por vezes irreal.
Tenho em mim os sinais,
os mesmos instintos carnais.
Jamais longe do teu sorriso.
O amor é uma planura, feito de natureza ideal.
A paixão é montanhosa, sinuosa e por vezes irreal.
Tenho em mim os sinais,
os mesmos instintos carnais.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Vidro Côncavo
"Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar
Um enjoo
Uma agonia
Sabor a sal
Maresia
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante
A corda que o barco prende
à fria argola do cais
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende
Não tem descanso jamais."
António Gedeão
como quem anda no mar
Um enjoo
Uma agonia
Sabor a sal
Maresia
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante
A corda que o barco prende
à fria argola do cais
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende
Não tem descanso jamais."
António Gedeão
Etiquetas:
O meu poeta favorito,
Recordar é tão bom...
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Só sei que nada sei
Sei lá o tempo,
Sei lá a estrada
Sei lá o riso
Só sei que nada
É como antes
De ver a espada
Temer o céu
Perder-lhe o rasto
Numa assentada.
Sei o que viste
Olhar de lince
Sei de tamanha
Nobre façanha
Se alguma vez perder o norte
Leve-se o fraco
Deixe-se o forte.
Sei lá a estrada
Sei lá o riso
Só sei que nada
É como antes
De ver a espada
Temer o céu
Perder-lhe o rasto
Numa assentada.
Sei o que viste
Olhar de lince
Sei de tamanha
Nobre façanha
Se alguma vez perder o norte
Leve-se o fraco
Deixe-se o forte.
terça-feira, 3 de junho de 2008
"Crónica Feminina"
Em cena no Estúdio Zero (Rua do Heroísmo - Porto). Pena que hoje seja a última apresentação, depois de uma semana com sala cheia. Para quando uma tournée, meninas?
segunda-feira, 31 de março de 2008
Há amores assim...
"Há amores assim
Que nunca têm início, muito menos têm fim
Na esquina de uma rua ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Quando espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final eu serei o teu começo
Não vou ganhar, nem perder, nem me lamentar
Estou pronta a saltar de cabeça contra o mar
Je t'aime, je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto e converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em Latim"
Donna Maria
sexta-feira, 28 de março de 2008
A zero
quarta-feira, 26 de março de 2008
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
"P'rá beleza realçar"
Linda, quieta e calma... Era assim que eu queria ser! Mas como a minha mãe diz, nasci com bichinhos carpinteiros e ando sempre à coca (sem segundas intenções, que a expressão não é muito feliz). Salta-pocinhas, é o que é. Porque quando nascemos assim, nunca mais temos remédio e somos dois olhos grandes a fitar o mundo, ávidos de experiências novas que deleitem o olhar e entorpeçam a alma.
Nunca estamos quietas, nem quando estamos paradas. Nunca nos entregamos ao relax sem uma boa dose de "já podes parar, agora aproveita, olha que te faz bem!"
Por isso um dia destes aceitei o convite do meu pai para fazer um tratamento corporal no seu ginásio, um verdadeiro luxo, uma cama de algas seguida de uma relaxante massagem. Entregue às algas, só com a cabeça livre, pensei "e agora, o que é que eu faço?!" Felizmente estava lá uma simpática senhora que me ia lembrando, com a sua presença, da sorte que eu tinha em estar ali, simplesmente a relaxar.
Nunca estamos quietas, nem quando estamos paradas. Nunca nos entregamos ao relax sem uma boa dose de "já podes parar, agora aproveita, olha que te faz bem!"
Por isso um dia destes aceitei o convite do meu pai para fazer um tratamento corporal no seu ginásio, um verdadeiro luxo, uma cama de algas seguida de uma relaxante massagem. Entregue às algas, só com a cabeça livre, pensei "e agora, o que é que eu faço?!" Felizmente estava lá uma simpática senhora que me ia lembrando, com a sua presença, da sorte que eu tinha em estar ali, simplesmente a relaxar.
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